REDONDILHAS DE CAPELA
Vou me embora pra Capela
Templo
de minhas orações
Das
orbes do amigo rei
Uma
das muitas mansões
Quando
morava em Pasárgada
Reputava
ser feliz
Com
a vida inconsequente
Rosa
e Joana parente
Erámos
todos dementes
Com
alcaloide motriz
Gozava
do livre juízo
Regalo vindo da corte
Porém
em dura sentença
O
gosto, tem sua avença
Amores
com tantas dores
E
preço no que apetece
Pois
em prazeres passados
Nunca
o prazer se conhece
Vim me embora de Pasárgada
Hoje
cá nessa morada
Mais
florescido que outrora
Tenho
genro e tenho nora
Menino
mais que na idade
Zelando
da sanidade
Dest'alma
que eu trago agora
Amor
é meu sentimento
Com
tanta fé se fundou
Entre
campina e penedo
Por
entre serras floridas
És
minha terra querida
Mas
mesmo assim vou embora
Vou me
embora pra Capela
Lá
sou amigo do rei
Onde a água é cristalina
Cuja fonte beberei
Mais alegrias que medos
Das vãs tristezas o ledo
Dantes, a cama escolhida
Eleita com desatino
Cantava o som do dano
Cantares d’amor profano
Cantarei o amor divino
Na morada prometida
Agora é minha a tutela
Venturo viver sorrindo
Vou me embora pra Capela
A cada dia, tô indo...
Saudades de onde viemos e para onde vamos...rs linda poesia!
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