SONETO DE REGÊNCIA

 


SONETO DE REGÊNCIA

No império, infante hino de ventura

Manás, com os regalos de regente

Emudece feito açoite do insurgente

Fidalgo pão e circo com fartura

 

Mãos do herói, teias que a pátria unge

Qual lorde no palácio em redil d’ouro

Líderes, fartos de parvos pelouros

Alheio a turba, do sufrágio surge

 

Infame e vil, transmigra o meu futuro

E do fragor na voz, um sonho puro

Canção que a alma em sangue aduz

 

Avis-rara, que n’adaga o véu desfez

Nas carnes do esquartejo se deduz

De alienado Rei, eu sou a Rês

Comentários

  1. Todos nós somos reses infelizmente...poesia lindamente construida. Parabens!

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