SONETO DE LAMENTAÇÃO
SONETO DE LAMENTAÇÃO
No porão do tumbeiro o
mar cruzava
Mais um Zumbi em pútrida
feitura
Diasporado de sua
genitura
Rumo ao Novo Mundo à
forte clava
Sob os jugos e abusos do
feitor
A alforria era a herança
almejada
Da Mãe Preta aos rebentos
Co'amor
E Co'aborto
a quimera era lograda
Os atrozes giros do esquecimento
Em Baobá, não esvai o sentimento
E a mágoa dos avitos de
Mandela
Os gritos, açoites, ais e
gemidos
E os lamentos dos porões
bramidos
Ecoam no afro gueto da
favela
Edson
Depieri
www.edsondepieri.com.br
Comentários
Postar um comentário